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quinta-feira, 21 de junho de 2012

Novo nome: Aprendiz do Mercado

A partir de agora, o nome do blog mudou para:

Aprendiz do Mercado

e seu novo endereço é www.aprendizdomercado.com.br

Além disso, passou a ser um blog "parceiro Bastter.com"

Vai lá, visite !

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Esqueça Rolagem

Quem começa a fazer venda coberta de opção sem um método definido, sem um plano, acaba inventando uma forma de tentar se safar do prejuízo em vez de assumi-lo e stopar a venda.

O nome que deram para isso foi "rolagem". 

Isto é, o cara vende uma opção por 0,40 cents. Aí ela vai a 1,20. Em vez de ele zerar e assumir o prejuízo e analisar onde errou para não fazer o mesmo na próxima venda, ele recompra e imediatamente já vende outra opção da série seguinte, por uns 1,50.

Na cabeça dele, ele acha que está no lucro:

- perdeu 0,80 na primeira opção (0,40 - 1,20)
- vendeu a segunda por 1,50

...ele então faz a conta: -0,80 + 1,50 = +0,70 -> 'estou positivo!' (nossa!)

Aí vai rolando sucessivamente até conseguir sair da operação recomprando mais barato. Neste caso, digamos que o valor caia para 1,00 e ele zere a operação:

+1,50 - 1,00 = 0,50

Ele fica feliz, diz que rolou uma vez e saiu no lucro.

Mas, que lucro ???

Perdeu 80 cents na primeira venda, ganhou 50 na segunda: ficou negativo em 0,30. 

Eis o primeiro erro, ao rolar a pessoa está se enganando, achando que por ter saído positivo (na última operação), então ele ganhou 'a venda'.

Aí reside o segundo erro: quando fechou a primeira venda, ela já morreu, se foi negativa perdeu. 
Não importa se você abriu outra venda 30 segundos depois ou 1 semana depois, sempre será OUTRA venda.

Nesse exemplo eu coloquei apenas 1 rolagem, mas há pessoas que ficam rolando o ano inteiro, vencimento atrás de vencimento. 
Esquecem que uma operação de venda aberta, é uma dívida com o mercado. 

Se na primeira vendeu por 0,80 cents, então abriu uma dívida neste valor. Se zerou a 1,50 não importa o que ele faça depois, ele PERDEU 0,40.

Por isso, para quem tá começando a fazer venda coberta, faça um plano, venda OTM e comece pequeno.

Sem plano = vai fazer tudo no impulso e acabar rolando
Se não vender OTM = vai passar calor quando a operação for contra e acabar rolando
Se operar grande = vai ficar ansioso, olhando toda hora, estressado e acabar rolando

Esqueça rolagem. Esqueça até que existe essa palavra. 

Rolagem é um apelido que deram para uma forma errada de operar venda de opção. 
Um jeito de não assumir que perdeu e que é mais esperto que o mercado.

sábado, 26 de maio de 2012

Um Guia para Investir

Em breve, uma entrevista com Cristian Tetzner, autor do mais novo guia sobre investimentos publicado no Brasil. Aguarde!
Enquanto isso, conheça o livro:


Os Segredos de um Investidor de Sucesso
Cristian Tetzner
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300 páginas de Ações, FII´s, Hedge, TradeSystem, Gestão de Carteira e muito mais!
http://www.bookess.com/read/12523-os-segredos-de-um-investidor-de-sucesso/
A cada novo dia, mais e mais pessoas iniciam sua aventura rumo à independência financeira, utilizando a renda variável sem o preparo adequado. 

Essa falta de preparo conduzirá a maioria para fora do jogo, sem grande espanto, antes mesmo de terem conhecido uma breve prosperidade.

Neste ambiente predatório sua participação deve ser eficaz e assertiva, evitando exposição excessiva e atuando com pleno conhecimento de suas habilidades; deve-se minimizar os erros e precocemente cessar seus efeitos nocivos ao crescimento do patrimônio acumulado.

Não basta estar atento só ao mercado, você deve lembrar que é o motor do processo e que precisa cuidar de seu bem estar, de sua saúde física e mental; lembre-se também que existe uma família ao seu redor e que ela sentirá o resultado de sua atuação neste meio.

Cuide de si, daqueles que estão próximos e dos seus investimentos de uma forma saudável e próspera observando sempre os melhores retornos e os menores riscos envolvidos em cada atitude tomada.

Muito estudo, muita simulação, técnicas de controle de risco e diversificação, somados a muitos anos de prática e teoria, trouxeram de volta além do capital que se foi, muito conhecimento acumulado.

Este material não é um curso rápido do tipo “Aprenda Bolsa de Valores em 24 horas” ou “Fique Rico com a Bolsa”, mas sim o Guia que eu gostaria de ter encontrado há 15 anos quando comecei a investir.

Livro do Tetzner - Os Segredos de um Investidor de Sucesso
http://www.bookess.com/read/12523-os-segredos-de-um-investidor-de-sucesso/
300 páginas de Ações, FII´s, Hedge, TradeSystem, Gestão de Carteira e muito mais!

quinta-feira, 24 de maio de 2012

O Caso Facebook


Muito tem se falado sobre a queda das cotações do Facebook.inc (NASDAQ:FB) logo depois de ter aberto capital. O famoso IPO (oferta pública de ações) do Facebook, acabou virando motivo de piada para muitos, já que suas ações foram vendidas inicialmente acima dos 40 dólares e hoje fecharam a 33,03.

Já saiu até notícia de que investidores estariam querendo abrir processo por se sentirem enganados.

Vamos ao que interessa, seja Facebook, ou qualquer outra empresa:

NÃO vale à pena entrar em IPOs:

1 - Se você não entrar no IPO, isso não te impedirá de comprar a ação em qualquer outro dia. Pra que sair correndo na frente, isso não é uma maratona.

2 - Ao abrir capital, não temos histórico de balanços da empresa. O IPO acaba sendo uma grande aposta e mesmo assim, se você quer apostar, vale o item 1 acima.

3 - Também não há histórico de preços, então até para fazer um trade não faz muito sentido, já que você não tem qualquer formação gráfica que sugira alta ou baixa na ação.

4 - Quem garante que não abriram com um preço acima do valor real? Por que arriscar pagar mais caro na reserva inicial? A questão é que quando você se propõe a participar do IPO, você informa para sua corretora quanto dinheiro você deseja aportar inicialmente na empresa, mas você não sabe qual será o preço inicial, sabe apenas o total que pagará. Portanto, por mais que queira ser sócio de tal empresa, espere o primeiro dia da euforia da oferta passar e só depois avalie sua entrada.

Sendo assim, tanto faz se foi o Facebook ou qualquer outra empresa. IPO acaba virando piada na maioria das vezes.

domingo, 20 de maio de 2012

Deixe a Política Fora da Bolsa

Costumo dizer que:
- Empresas boas sobrevivem à qualquer governo
- Empresas ruins quebram em qualquer governo


Ou seja, quando você decide ser sócio de uma empresa, o que importa mesmo são os resultados dela. Perder tempo criticando a competência (ou a falta dela) de gerenciar uma empresa não irá deixa-lo mais rico. O que irá aumentar seu patrimônio é ser sócio de empresa que dá lucro.

Se uma empresa tem gerência direta do governo e você detesta isso, simplesmente não seja sócio. Mas leve em conta o fato que a grande maioria das empresas grandes tem alguma participação direta ou indireta do governo, seja através de fundos de pensão, ou do BNDES, etc. Se pesquisar a fundo, olhar a composição societária, é bem capaz de você ter que investir apenas em small caps se quiser evitar totalmente qualquer participação pública.

Mesmo assim, tendo apenas small caps, você poderá correr o risco das "panelinhas" dentro da empresa como cargos destinados à parentes de participantes da diretoria, indicações por interesse e não por competência, etc... os mesmos problemas que podem surgir em empresas com participação da administração pública.

De uma forma ou de outra, uma empresa que tem o governo como sócio possui um risco de falência muito reduzido e isso é uma vantagem a despeito de qualquer preconceito ou conceito...

Finalizando, mesmo que muita gente esteja com a razão de usar a tão falada "ingerência do governo", o que importa é o lucro líquido na história da empresa, a posição da empresa em seu respectivo negócio, sua margem de lucro, sua rentabilidade e sua solidez. Uns podem dizer "se não fosse do governo seria melhor". Só que o "se" não importa na bolsa.

Por isso tudo, quando for selecionar sua próxima empresa para entrar na sua carteira de investimentos, deixe a política fora da bolsa, o que importa são os balanços anuais.
 

sábado, 12 de maio de 2012

Dados Isolados Não Importam

Quando um investidor decide formar uma carteira de longo prazo, ele tem em mãos diferentes dados para fazer suas análises e verificar se as empresas que ele deseja ser sócio realmente devem entrar para o seu portfolio.
Alguns dos dados mais comentados tanto por iniciantes quanto por profissionais são preço atual da ação, receita da empresa, a relação preço/lucro, o valor patrimonial por ação e a taxa de distribuição de dividendos.
Todos esses e outros, geralmente são interpretados de forma errada. 

Existem investidores que olham para uma empresa que tem uma receita gigantesca e já acham que é lucro certo porque ela vende muito, outros acreditam que somente ter altos dividendos bastam para que a empresa seja a ideal. Há os que olham apenas para o famoso P/L, determinam um valor e pronto: "com P/L abaixo de 10 eu entro forte".

Infelizmente não é tão simples assim, dados isolados não importam para a análise. Os dados acima, por exemplo, quando analisados isoladamente podem até levar o investidor a escolher empresas ruins:

- Preço:
O preço sozinho não quer dizer nada, só porque determinada empresa custava 12 reais há 3 anos atrás, não significa que por estar custando 4 reais agora, é hora de comprar. Nesses 3 anos tudo pode ter acontecido, a empresa pode ter duplicado suas dívidas, pode estar dando prejuízo. Se olhar apenas o preço da ação negociado atualmente, correrá o risco de comprar lixo.

- Receita:
"Tal empresa é a maior vendedora do seu segmento no mundo. A receita é gigantesca" - E daí? De que adianta se a empresa vender muito mas não conseguir um lucro decente ou pior, conseguir dar prejuízo. Se a receita for imensa e o lucro não está aparecendo, tem que ver se ela não tá gastando demais, dando bônus demais para diretoria, doando grana demais para campanhas políticas, etc. Receita grande sozinha não quer dizer nada.

- P/L - relação preço/lucro:
Essa é a variável mais famosa da análise de empresas mas, sozinha ela não importa. A divisão do preço pelo lucro por ação. Exemplo: se a ação A estiver sendo negociada por R$ 24,00 e o lucro por ação (normalmente anual) for R$ 3,00 então o índice P/L é 24/3=8.
Isto significa que o capital de R$ 24 investido na compra, será retornado em 8 anos desde que o lucro se mantenha o mesmo durante esse período. É aí que a maioria erra, os 'adoradores do P/L' esquecem que o lucro pode cair.

Outro erro é que, quem só compra ação com P/L baixo cria restrição às ações com P/L alto e desta forma deixam de comprar empresas fortes que mantém lucro crescente pelos anos ainda que o preço da ação suba de forma proporcional.

Ou seja, imagine que a ação B seja negociada por R$4,00 e seu lucro por ação é R$0,20 o que dá P/L = 20. Muitos deixam de fazer essa compra, achando ruim o retorno do capital somente em 20 anos. Porém, 12 anos depois a mesma ação está sendo negociada por R$40 e o lucro está em R$2. Isso resultaria no mesmo P/L=20, mas note que o capital investido nas ações multiplicou-se por 10 e a empresa teve um belo aumento no seu lucro, esbanjando saúde financeira ao multiplicar este lucro em 10 vezes.

Certamente os investidores nesta empresa estariam bem felizes por ter decuplicado a parte do patrimônio investido em B há 12 anos. A propósito, já comentei um exemplo de empresa que teve evolução semelhante - clique aqui para ler.

- VPA - valor patrimonial por ação:
Outro dado simples de ser verificado mas que sozinho não quer dizer nada é o VPA. Ele é o resultado da divisão do patrimônio líquido da empresa pelo total do número de ações emitidas. Ou seja, o valor real de cada "pedaço" da empresa. 

Teoricamente, se você compra uma ação por um preço abaixo do VPA, significa que você está aproveitando um desconto. Atenção para o teoricamente, pois se o mercado está precificando a empresa abaixo de seu valor uma das duas coisas está acontecendo: ou realmente uma ótima oportunidade apareceu ou o mercado percebeu que tal empresa realmente tem valor menor e portanto o VPA baixo seria um sinal ruim.
Desta forma, cuidado com "preço tá abaixo do VPA, é hora de comprar". Pode ser o contrário.

- DY - dividend yeld:
São muitos os textos que afirmam que investidores deveriam procurar sempre por dividendos altos. Se uma empresa tem sua ação custando R$60,00 e ela pagou nos últimos 12 meses R$2,00 por ação de proventos isso resultará num dividend yeld de 3,33% (2/60). Algumas pessoas abrem mão de várias empresas boas pelo simples fato de não ter um DY que lhes agrada.

Mas, faça o seguinte exercício, imagine duas empresas A e B. Um investidor aloca 100 mil em A com DY de 5%. Outro investidor coloca os mesmos 100 mil em B sem se importar com outros dados da empresa só prestando atenção em um DY de 10%. Com DY se mantendo igual no outro ano, o primeiro recebe 5 mil em dividendos e o outro 10 mil. Porém, anos depois o lucro da empresa A está 8 vezes maior,  as ações seguem o mesmo ritmo, e o investidor de A recebe agora 40 mil reais. Enquanto isso, o investidor de B segue com lucros estáveis como no passado, em uma empresa que paga alto DY mas por ser defensiva tem pouco crescimento e ele continua recebendo 10 mil reais em proventos.

Esse exemplo mostra como o importante é uma empresa que evolua. Ter DY alto hoje não garante nada amanhã. Ter DY baixo, pode ser até uma vantagem, pois se a empresa distribui poucos dividendos ela pode estar usando o dinheiro para coisas melhores como investimento em novas tecnologias, etc.
Portanto, cuidado com as "dicas quentes" do tipo "ação tal está com P/L abaixo de 9", ou "empresa tal está sendo negociada abaixo do valor patrimonial", ou ainda "o negócio é encher a carteira daquela empresa que paga altíssimos dividendos"... Analisar empresas pode ser simples, você não precisa necessariamente ser um mestre em finanças e economia para formar uma pequena carteira pessoal para o longo prazo. Escolha empresas com lucros crescentes e consistentes, dívida baixa, rentabilidade e margem boas. Mas  não olhe nenhum dado isoladamente.

O pequeno investidor precisa se afastar da manada que acha que basta olhar um único número e pronto. Se fosse assim, virava renda fixa.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Quando o Gap Te Pega

Em outro post falamos sobre o erro de pensar que somente o stop serve como controle de risco. O stop é apenas a primeira linha de defesa do seu trade, mas ele não é a segurança definitva e dessa forma ele sozinho não significa controle de risco, é apenas uma parte.

Lembrei de um bom exemplo que mostra isso. Veja no gráfico abaixo, no período diário, o que um gap na OGXP3 fez com os investidores.

Na sexta-feira, 15/04/2011, depois de 3 dias de queda e um dia na leve indecisão, OGXP3 faz uma sinalização que parecia uma reversão, fechando praticamente na máxima do dia em 19,65.

Qualquer investidor que decidisse tentar um ganho na ponta compradora, certamente deixaria o stop um pouco abaixo de 18,52 onde o ativo mostrava ter um suporte interessante. Independente da análise se era mesmo ponto de compra ou não, vamos nos preocupar com a questão do controle de risco.

Dos tais 19,65 aos 18,50 (onde poderia ser colocado um stop), teoricamente a perda máxima seria os R$1,15 de diferença. O trader que afirmasse que R$ 1.200,00 seria uma perda que ele "aguentava", ou seja, o máximo de dinheiro que ele aceitava arriscar, ele compraria 1.000 ações e ficaria tranquilo.

Aí é que está o erro. Existe um mantra de que basta fazer esse tipo de cálculo para definir o número máximo de papéis de acordo com o tamanho do stop, que o operador pode ficar tranquilo. Isso é um  tipo de otimismo, pois dá a ideia de que o trader SABE o que VAI acontecer (mas não sabe).

OGXP3 diário - dez/10 a jun/11


O ponto de stop é o ponto onde você tem INTENÇÃO de sair para assumir o maior prejuízo que aceita. Mas, entre INTENÇÃO e o que ocorrerá de fato, há uma enorme diferença. Pois bem, neste exemplo, OGX abre na segunda-feira 18/04/2011 com gap de 16,04% a  R$3,15 abaixo do preço de fechamento, e aquele trader que imaginava perder no máximo R1.130,00 se tudo desse errado [fosse stopado (!!)] se vê com ativo abrindo extremamente vermelho num prejuízo de R$3.150,00 quase 3 vezes o que ele "aguentava" perder, e que provavelmente perdeu, pois numa abertura dessas, a maioria das pessoas tenderá a zerar logo a posição antes que caia mais ainda.

Não acontece todo dia, mas quem opera sabe que gaps são comuns. Um gap desses é um pouco mais raro, mas não o quanto possa ser classificado como um cisne negro. Como se proteger? Controlando o risco é a resposta, e esse controle não se dá apenas pelo tamanho do stop.

Levando ao extremo, o controle poderia ser dado pelo máximo de perda da ação, isto é, ela ir a 0,01 centavo e com isso o trade teria que ser feito com menos de 100 açoes. Concordo que a possibilidade seria ainda mais remota...

Vamos olhar o gráfico novamente: notem que lá embaixo tem um fundo com mínima em 15,92. O trader poderia não querer controlar o risco de ir a 0,01 por ser algo exagerado, mas poderia fazer a pergunta "e se acontece um enorme gap e o ativo busca aquele fundo?". A resposta definiria um controle de risco nada exagerado porém com boa proteção. Essa distância (19,65 - 15,92) de R$3,73 seria um bom número para definir quantas ações comprar para arriscar no máximo os tais R$ 1.200,00.

A decisão ficaria de comprar 300 ações, ainda que o stop setado está lá em cima em 18,52. E, nesse caso com o gap da segunda-feira, o trader não ficaria tão desesperado e mesmo zerando a posição perderia 1/3 do que a manada que calculou baseado naqueles R1,13 lá de cima.

E nem vamos comentar o que aconteceu com quem estava alavancado nesse dia...

Só o stop sozinho NÃO é controle de risco, só ele nem sempre salva.

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segunda-feira, 26 de março de 2012

Cerveja dá Lucro

É sempre bom ver grandes empresas evoluirem, é bom para o país e principalmente para os acionistas. Não há mágica, se uma empresa dá lucros crescentes ano após ano e está tudo bem com sua saúde financeira, no longo prazo é natural que suas ações valorizem. Hoje, as cotações das ações preferenciais da Cia De Bebidas das Americas, mas conhecida como Ambev, atingiu os R$80,00. Nenhuma novidade para uma empresa com a evolução de lucros mostrada abaixo.

fonte: dados coletados em www.bmfbovespa.com.br

Desta forma, o que se vê com suas ações neste período é o mostrado abaixo:


Como sempre, não estamos fazendo qualquer recomendação de compra ou venda. Este post mostra como é possível aumentar seu patrimônio em renda variável se estiver posicionado em boas empresas que possuem bons dados financeiros. Lembrando que, para conseguir ter essa evolução, o investidor precisa reinvestir todos os proventos pagos, como juros sobre capital próprio e dividendos, na empresa.

Detalhes financeiros sobre a empresa deste post devem ser verificados na sua área de RI e no site da BM&F Bovespa nos links abaixo:

sábado, 24 de março de 2012

Nas Paradas do Sucesso

As músicas mais pedidas e tocadas pelas rádios são as que dizemos estar "nas paradas do sucesso". Quando comecei a me envolver com o mercado financeiro, lia em várias mídias que o importante para um iniciante era investir primeiro em empresas que estivessem 'nas paradas do sucesso'. Isto é, empresas muito acompanhadas por analistas e, portanto mais fáceis de se conseguir informações sobre as mesmas. Geralmente, são empresas grandes, o que leva a um iniciante achar que essa é uma boa estratégia para reduzir riscos.

Outro motivo que leva um iniciante a monitorar apenas "as famosas" é a idéia de que "se está (quase) todo mundo investindo nelas, porque vou me meter em algo diferente?", incorrendo no erro de tentar se proteger seguindo a grande massa.

Realmente existem um grupo de empresas que estão constantemente sob os holofotes da mídia, seja pelo fato de terem o governo como principal controlador como Banco do Brasil, Petrobras, etc, seja pelo fato de serem referência em suas áreas como Vale, CSN, Eletropaulo, etc, ou até pelo fato de serem grandes promessas como OGX. Ainda há um grupo de empresas que também são muito comentadas pelo fato de suas ações terem um valor nominal bem pequeno, na casa dos centavos como Vanguarda Agro, Laep, Agrenco e outras.

Porém, quando ficamos focados só no que a maioria acompanha, corremos o risco de perder belas oportunidades. Um bom exemplo disso é a atenção que se dá a empresa OGX. Os investidores que não abriram seus olhos para uma gama de opções na bolsa, perdeu boas entradas em outras empresas. Vamos observar gráficos de 2 anos, prazo interessante para quem gosta de montar uma posição e depois realizar o lucro sem se preocupar com variações de alguns dias ou mesmo de algumas semanas.

sábado, 17 de março de 2012

BRICSMART - Operando Índice Futuro dos BRICS

Agora será possível negociar índice futuro de Rússia, Índia, China e África do Sul através do BRICSMART.

Os cinco membros fundadores da Aliança das Bolsas dos BRICS (os quatro citados acima juntamente com o Brasil) vão oferecer, a partir de 30/03/2012, sexta-feira, a listagem cruzada de derivativos dos seus principais índices de ações, por meio das respectivas plataformas de negociação.

A medida foi anunciada nesta terça-feira, 13/03, durante a 37ª Conferência da FIA (Futures Industry Association), em Boca Raton, Estados Unidos.

Os derivativos que terão listagem cruzada, a serem oferecidos em moeda local durante os respectivos horários de negociação incluem:

  • Futuro de Ibovespa, do Brasil;
  • Futuro do Índice MICEX, da Rússia;
  • Futuro do Índice SENSEX, da Índia;
  • Futuros do Índice Hang Seng, de Hong Kong, e do Índice Hang Seng China Enterprises; e
  • Futuro do Índice FTSE/JSE Top40, da África do Sul.

Leia a notícia completa no site da BM&F Bovespa.

Clique aqui para baixar o PDF com a especificação dos contratos e aqui para obter o PDF que descreve o programa.

Atualização 30/03/2012: BM&F Bovespa inclui os novos contratos no quadro de derivativos, clique aqui.

Sendo sócio: O que realmente interessa?

A despeito do que a maioria prega, acredito que o pequeno investidor não deve dar tanta importância para política, macroeconomia, etc, quando deseja investir em empresas. Motivo? Simples, o primeiro objetivo de uma empresa é dar lucro, independente de qual partido político está no poder, da conjuntura econômica atual, etc. Isto é, o que importa é o desempenho dela, seu lucro líquido, sua rentabilidade, o controle de suas dívidas, etc, dados os quais, observamos ao sair o balanço anual.

Devemos esquecer o lero-lero do tipo "e se governador tal ganhar a eleição?", "e se o novo presidente do Banco Central for Fulano?", "e se o governo americano liberar ajuda financeira para a Europa". Todos esses "e se's" são pura perda de tempo.

domingo, 4 de março de 2012

Vender pra que?

Uma das questões clássicas de muitos investidores em renda variável, é quando vender suas empresas. Ou seja, uma pessoa compra um bom número de ações de um empresa, esta se mostra boa durante o tempo e seus fundamentos melhoram, consequentemente as cotações sobem, o investidor vê o capital crescer e se sente obrigado a vender para realizar lucro.

O fato é que não há qualquer obrigação do investidor vender tal empresa já que ela ainda é boa. O que devemos observar é que patrimônio não se vende, se acumula. Quando você decide montar uma carteira com boas empresas não há nenhuma razão em se desfazer dela, mesmo depois de anos, caso essas empresas continuem sendo boas.

O que chamamos de empresa boa é aquela que dá lucros ano após ano, possui dívida equilibrada, aumenta o patrimônio, a receita e possui margem líquida que dê uma proteção nos anos que a receita cai (geralmente anos de crise).

Tomemos como exemplo uma carteira composta por apenas 3 empresas bem conhecidas, Petrobras, Vale e Banco do Brasil. Imagine um investidor que no primeiro trimestre do ano 2000, exatamente há 12 anos (que nem é tanto tempo assim) montou uma posição de 30 mil reais, sendo divididos igualmente nas 3 empresas ficando desta forma (considerando as  cotações daquele período, descontada a inflação, dividendos e JCP).

Considerando a média do custo dos papéis no meses de janeiro, fevereiro e março de 2000:

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Perdendo Muito? Que Tal Um Psicólogo

Um investidor em renda variável que passa por momentos ruins por longos períodos, perdendo mais do que ganhando, tanto nos seus trades de curto prazo, quanto na seleção de suas ações de longo prazo, talvez possa estar precisando da ajuda de um psicólogo no lugar de um analistas de ações (seja grafista ou fundamentalista), para investir melhor. Isso mesmo, o problema pode ser psicológico.

O estudo de finanças comportamentais foi desenvolvido baseando-se nos fatores psicológicos relacionados aos investimentos. O tema central é a investigação de possíveis interferências de fatores comportamentais e psicológicos nos movimentos dos investidores

Não raro é aquela certeza de que tal ação ou índice irá subir ou cair no outro dia, e quando o movimento é totalmente contrário ao que se espera, alguém diz a famosa frase: "isso não faz sentido, tem algo estranho".

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Perguntas Indiscretas ou Sem Sentido

Existem perguntas no cotidiano que evitamos por algum motivo, tais questões geram desconforto ao serem respondidas. Por exemplo, muitas mulheres não gostam de revelar idade, desta forma não se pergunta isso sem um bom motivo. Assim como salário, uma pessoa precisa ter muita intimidade com outra para, de repente, perguntar quanto ela ganha.

No mercado acontece o mesmo, como investimentos tem a ver com dinheiro, e dinheiro cada um tem o seu, certos detalhes também são do interesse de cada um, veja:

 - Quais as empresas e outros investimentos você tem em carteira?

Acredito que a carteira de investimentos de uma pessoa é de interesse apenas dela. A partir do momento que você sabe quais as empresas ela é sócia, quais imóveis ela é dona e quais produtos de renda fixa ela possui, você conhecerá detalhes de uma parte importante da vida de qualquer um, suas finanças.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Caçadores de Micos

Novo ano começando, alguns dizem que é início de um novo ciclo, etc. Então, um texto para começar o ano mostrando como é a trajetória daqueles que entram na bolsa achando que vão ficar ricos de um dia para o outro sem saber o que estão fazendo.

Geralmente aqueles que investem desta forma acabam virando caçadores de micos que "vão bombar", acabam repetindo as grandes frases de sardinhas operando sem estratégia e consequentemente, sua sobrevivência no mercado não costuma chegar nem há 1 ano.


Abaixo a reprodução do post que resume a forma de investir daqueles que estão perdidos na bolsa. É de autoria do nosso amigo Bastter e foi publicado em seu perfil no facebook:

A Trajetória do sardinha deslumbrado na bolsa
1 - Não tem a mínima idéia do que seja bolsa ou renda variável e não tá afim de estudar afinal é esperto
2 - Resolve frequentar um fórum de bolsa
3 - Lá ta um histerismo que a ação MERD4 vai bombar
4 - MERD4 ta 0,13 e os analistas, gurus de fórum, etc estimam que vá no minimo a 2,30 em duas semanas
5 - Compra 1000 reais de MERD4