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segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Quebrando Mitos - parte II - Conhecimento Avançado

Será que a pessoa física precisa mesmo de tanto conhecimento técnico para investir em renda variável? Depende...

Qual o objetivo do investidor? Se for para usar a bolsa para ser mais uma opção de investimento, bastaria esse investidor ler as regras da bolsa (como são as taxas, incidência do imposto de renda, direitos e obrigações em geral) e pronto.

Poderíamos adicionar um bom livro sobre avaliação de empresas para iniciantes e não seria preciso muito mais do que isso, nem mesmo conhecimento de macroeconomia, nem conhecimento de estatística, contabilidade, etc.

Se o objetivo é ser mais atuante no mercado, aí é outra conversa. Este sim, não pode querer operar e se dizer profissional só porque
fez um curso de final de semana de análise técnica ou de análise fundamentalista (ou os dois). É preciso estudar muito e principalmente se desenvolver, tanto para planejar operações quanto para executá-las. O investidor atuante, principalmente aquele que faz trades independente do prazo operacional, precisa se preparar psicologicamente. Não basta ler dezenas de livros se na hora do "game" ele faz tudo diferente do que leu. Ele precisa de conhecimento e de autoconhecimento.

Mas a questão aqui é quebrar o mito de que todos precisam estar afiadíssimos para simplesmente investir passivamente. Quebrar o mito que paira sobre quem não conhece a bolsa de que é necessário "saber muito para mexer com isso". É óbvio que ninguém pode cair de paraquedas na bolsa, comprar ação, deixar de lado e esquecer, precisa saber pelo menos que deverá reaplicar dividendos e aprender a analisar suas empresas uma vez por ano quando sai o balanço.

"Entretanto não é obrigatório fazer um doutorado para investir suas economias"

Se uma pessoa conhece pelo menos as quatro operações matemáticas básicas, e tem um pouco de paciência para procurar informações, ele vai descobrir que "aquela grande empresa que fabrica cerveja" tem sido lucrativa há anos e que vale à pena investir nela. Portanto, ele pode se propor a comprar 500 reais por mês em ações dela, todo mês, ininterruptamente. Conforme for fazendo isso e vendo seu patrimônio em ações crescer sem maiores dores de cabeça, esse investidor irá consequentemente olhar "para aquele grande banco" ou "para aquela grande distribuidora de energia elétrica", etc.

Em suma, operar no mercado, fazer trades, tudo isso é muito interessante. Mas se você não quer nada disso, quer apenas ser sócio de grandes empresas, não precisará de tanto conhecimento quanto possa pensar.

A bolsa é para todos. Por isso discordo totalmente de quem afirma que bolsa é só "para os grandões", que pessoa física com pouco dinheiro não tem vez nesse mercado. Muito pelo contrário, é a única forma de de ser SÓCIO de uma grande empresa e aumentar sua posição periodicamente, como quiser, pagando menos de 100 reais (para comprar pelo menos 1 ação de qualquer uma da grande maioria das empresas listadas em bolsa já somada todas as taxas).

O conhecimento técnico necessário, e obrigatório, é diretamente proporcional à complexidade das operações que você decidir fazer.

Leia também Quebrando Mitos - parte I - Tempo

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