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segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Perdendo Muito? Que Tal Um Psicólogo

Um investidor em renda variável que passa por momentos ruins por longos períodos, perdendo mais do que ganhando, tanto nos seus trades de curto prazo, quanto na seleção de suas ações de longo prazo, talvez possa estar precisando da ajuda de um psicólogo no lugar de um analistas de ações (seja grafista ou fundamentalista), para investir melhor. Isso mesmo, o problema pode ser psicológico.

O estudo de finanças comportamentais foi desenvolvido baseando-se nos fatores psicológicos relacionados aos investimentos. O tema central é a investigação de possíveis interferências de fatores comportamentais e psicológicos nos movimentos dos investidores

Não raro é aquela certeza de que tal ação ou índice irá subir ou cair no outro dia, e quando o movimento é totalmente contrário ao que se espera, alguém diz a famosa frase: "isso não faz sentido, tem algo estranho".



Bem como também não é raro um investidor acertar um movimento e se gabar achando que é o mestre da bolsa, porém quando erra, põe a culpa no mercado, nos investidores estrangeiros, na política, na fase da lua...

Existem duas teses da psicologia que qualquer investidor deveria conhecer:

Teoria da Atribuição - que fala sobre as maneiras pelas quais as pessoas explicam (ou atribuem) as causas dos eventos. Quando aplicada aos investimentos pode explicar porque alguns investidores dão crédito a si mesmos quando saem no lucro nas transações, mas quando perdem colocam a culpa em quaisquer outros fatores externos. O problema é que, se o investidor não for equilibrado irá ter confiança em excesso quando acerta e ficará desmotivado quando erra, reduzindo sua auto-estima. De uma forma ou de outra, suas próximas decisões nos próximos negócios, poderão ser afetadas.

Dissonância Cognitiva - predisposição para ignorarmos o que vai contra nossa opinião. Isto é, o investidor tem a "certeza" que a cotação de determinada ação vai subir nos próximos dias. Ele fez diversas análises e se convenceu daquilo, logo depois surge um dado novo que prove que as análises não estão totalmente certas, porém ele está tão confiante que ignora tal dado novo. Em suma, a confiança excessiva faz com que ele fique cego para tudo à sua volta levando-o até mesmo a negar evidências por mais claras que elas sejam.

Acredito que essas duas teorias quando associadas podem causar um estrago nos negócios. Por isso é importante que o investidor perceba se ele apresenta alguma dessas características e mude.

Sendo assim:

  • Mantenha-se frio, seja nas vitórias, seja nas derrotas. 
  • Não coloque a culpa em fatores externos, o único responsável pelas suas operações é você.
  • Quando acertar, não ache que não precisa mais estudar porque virou mestre. Considere o fato que você pode ter feito uma estratégia ruim que daquela vez, deu certo, mas se repetida no longo prazo te levará à falência

Desta forma, quem não consegue lucros consistentes e regulares na bolsa, ainda que seja um bom analista técnico ou fundamentalista (tanto faz), deve considerar procurar mais sobre o assunto finanças comportamentais e se quiser procurar ajuda profissional, pode ser que não seja de outro analista e sim de um psicólogo.

E você, é autoconfiante ao extremo? Coloca a culpa no mercado quando seus trades dão errado?

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