Páginas

sábado, 17 de março de 2012

Sendo sócio: O que realmente interessa?

A despeito do que a maioria prega, acredito que o pequeno investidor não deve dar tanta importância para política, macroeconomia, etc, quando deseja investir em empresas. Motivo? Simples, o primeiro objetivo de uma empresa é dar lucro, independente de qual partido político está no poder, da conjuntura econômica atual, etc. Isto é, o que importa é o desempenho dela, seu lucro líquido, sua rentabilidade, o controle de suas dívidas, etc, dados os quais, observamos ao sair o balanço anual.

Devemos esquecer o lero-lero do tipo "e se governador tal ganhar a eleição?", "e se o novo presidente do Banco Central for Fulano?", "e se o governo americano liberar ajuda financeira para a Europa". Todos esses "e se's" são pura perda de tempo.

Se uma empresa de sua carteira começa a apresentar dados ruins, provavelmente você decidirá deixar de ser sócio ou no mínimo irá parar de aportar dinheiro nela por um tempo. Pronto, sendo este o plano, de que importa se 'Dubai está em maus lençois'? (aliá, quem se lembra o quanto se falou de Dubai há um tempo atrás e hoje em dia nem lembram que existe). O que importa é "minha empresa aumentou muito sua dívida", "e essa queda no lucro líquido, foi algo pontual?", "a diretoria financeira está fazendo operações alavancadas em excesso?". Pequeno investidor deve deixar os estudos macroeconômicos, as projeções, as considerações políticas para os especialistas.

Se desejamos prosperar na renda variável, devemos fazer o simples. Elencar os dados que consideremos mais importantes e monitora-los ao longo dos anos. Se você abre uma pequena mercearia, irá se preocupar caso as vendas caiam, irá dar atenção se o lucro sobe com o passar dos anos e cuidará para que as dívidas não fiquem além do necessário para se fazer investimentos com objetivo de ampliar o negócio.

Certamente, alguns vão dizer: mas bolsa não é uma mercearia. E não é mesmo, é melhor, pois na bolsa podemos diluir o risco investindo em empresas diferentes, de setores diferentes. Levemos em conta que, antes de uma grande empresa quebrar, normalmente isso não acontecerá de um dia para o outro, pois primeiro ela começará a deixar de ser boa, mostrando lucros menores, vendas em queda, etc.

E, ainda que uma empresa de fato quebre de um dia para o outro, você não vai a falência porque aquela empresa era apenas uma parte de seu patrimônio, desde que você se beneficie de um das vantagens da bolsa que é a possibilidade de diversificar os negócios os quais você investe com o capital que quiser. Matemática simples: por exemplo, dividindo todo o seu dinheiro em partes iguais em 10 grandes empresas, caso uma delas quebre, você perderá apenas 10% do montante.

E então, precisamos mesmo ficar lendo todos os dias o que os governantes da Europa estão fazendo? Será mesmo necessário se preocupar tanto com as resoluções do Banco Central dos Estados Unidos?

Para mim, o que realmente interessa é medir a saúde das minhas empresas, o resto é o resto...

0 comentários:

Postar um comentário

Partipe!